Ao longo das últimas décadas, a busca por um sorriso perfeito se tornou cada vez mais comum devido à popularização dos procedimentos odontológicos e do uso do aparelho ortodôntico.

Não há dúvidas de que ter uma boa higiene bucal e visitar o dentista frequentemente traz benefícios à saúde e à autoestima do indivíduo, mas quando esse comportamento se torna obsessivo, pode ser sinal de um problema maior: a dismorfia dentária.

Quer entender o que é dismorfia dentária, como ela é diagnosticada e como deve ser feito seu tratamento? É só continuar lendo o nosso post!

O que é dismorfia dentária?

Dismorfia dentária é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por uma obsessão com os dentes e o sorriso e uma busca descontrolada pela perfeição.

Quem sofre de dismorfia dentária acredita que seus dentes são feios, desalinhados, amarelos e imperfeitos e que isso afeta a forma como as pessoas a tratam. Assim, qualquer pequeno defeito no sorriso gera uma angústia exagerada e uma busca incessante por tratamentos dentários.

O objetivo da pessoa costuma ser ter o sorriso de um artista de cinema ou de uma modelo, sem levar em consideração a estrutura da própria arcada dentária e as limitações dos procedimentos disponíveis atualmente.

Quais as consequências da dismorfia dentária?

O grande problema da dismorfia dentária é que ela faz com que a pessoa se submeta a procedimentos odontológicos desnecessários que podem trazer riscos à saúde oral. Muitas vezes, por exemplo, o uso de aparelhos ortodônticos piratas pode gerar feridas nas gengivas e nas línguas, que podem evoluir para úlceras ou alterar completamente a posição dos dentes.

Em busca de tratamentos dentários, o indivíduo também pode acabar se endividando e fazendo com que toda a família passe por problemas financeiros ou mesmo colocar a própria vida em risco ao se submeter a procedimentos experimentais ou procedimentos sem uma real indicação realizados por profissionais não qualificados em busca de mais dinheiro.

Como é feito o diagnóstico de dismorfia dentária?

Frequentemente, o dentista é o primeiro a suspeitar do diagnóstico de dismorfia à medida que ele observa uma insatisfação constante do paciente em relação aos próprios dentes, mesmo após a realização de alguns tratamentos estéticos.

Outra possibilidade é que familiares e amigos observem a mudança de comportamento no indivíduo, com o surgimento da obsessão com a saúde bucal e dos gastos excessivos com o dentista.

De qualquer forma, uma vez que haja a suspeita de dismorfia dentária, é importante encaminhar o paciente para o psiquiatra, para que o diagnóstico seja confirmado e o tratamento iniciado.

Como tratar a dismorfia dentária?

O tratamento de dismorfia dentária envolve uma equipe multidisciplinar que inclui o dentista, o psiquiatra e o psicólogo. Antes de mais nada, é necessário investigar a causa da insegurança do indivíduo em relação à aparência dos dentes e dos comportamentos obsessivos, identificando a existência de outros distúrbios mentais como baixa autoestima, depressão ou esquizofrenia.

À medida que a causa do problema é abordada com sessões de terapia e o uso de medicamentos, o acompanhamento odontológico deve ser mantido de forma adequada com limpezas regulares, obturação de cáries e a realização de outros procedimentos que sejam realmente necessários.

Em casa, o indivíduo deve manter uma rotina comum de higiene oral, com o uso diário de fio dental e escovação após as refeições.

Já aprendeu tudo sobre dismorfia dentária? Descubra agora como superar o medo do dentista!

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