Muitas profissões são pontuadas por fatores de risco e impõem aos profissionais uma série de alterações físicas e psicológicas. No caso da odontologia, esses riscos mesclam agentes físicos, ergonômicos, biológicos, químicos e ambientais.

Embora os riscos sob os quais o cirurgião-dentista está submetido sejam diários, medidas preventivas podem minimizar os efeitos colaterais inerentes à função.

Para isso, é fundamental observar as regras de saúde e biossegurança previstas na legislação relativa à segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde e aplicá-las no dia a dia da sua clínica.

Mas, antes, é necessário conhecer melhor que riscos são esses. É o que você confere a seguir!

Os riscos ocupacionais

Os riscos profissionais na odontologia correspondem à saúde do cirurgião-dentista e a de seus colaboradores. Ou seja, as ações necessárias para assegurar a proteção ocupacional devem ser pensadas para todos os profissionais presentes no consultório odontológico.
Contudo, para elaborar medidas de proteção, é preciso saber quais são esses riscos.

Riscos físicos

A emissão de radiação (as ionizantes e as não ionizantes) é um fator que merece atenção. Deve ser levado em conta a proteção do operador dos aparelhos de raio-X, por exemplo, assim como a de seus pacientes e demais auxiliares. O nível de exposição dos presentes à radiação deve ser devidamente baixo.

Isso porque níveis elevados de radiação podem causar esterilidade, alteração da contagem sanguínea, úlceras e diversos tipos de câncer. A luz ultravioleta, comumente aplicada em resinas, é um caso especial. Conforme o ângulo e distância empregados no uso, parte da radiação é dispersada na direção do profissional.

Riscos químicos

O uso de substâncias como óxido nitroso, mercúrio e látex podem causar alterações biológicas mesmo em baixas concentrações. Para reduzir os danos, é necessário minimizar o contato entre as substâncias e o profissional, além de descartar corretamente as sobras de material.

A manutenção preventiva dos equipamentos usados e o monitoramento da concentração de agentes químicos no ambiente de trabalho também são medidas que podem proteger o cirurgião-dentista dos possíveis males.

Riscos ergonômicos

Certamente os riscos profissionais mais comuns na odontologia são os ergonômicos. Eles abrangem o modo de instalação e duração dos instrumentos, carga-horária de trabalho e movimentos repetitivos.

O número de fatores que podem causar danos ergonômicos ao cirurgião-dentista é grande, mas os principais estão relacionados à posição fixa e movimentos repetitivos contínuos necessários à função. Os resultados podem ser dores nas costas, ombros, pescoço, mãos e pulsos.

Como gerenciar tais situações?

Inegavelmente, uma das estratégias mais efetivas de gerenciar riscos profissionais na odontologia é a consulta e conhecimento da legislação relativa à segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.

Aliada à observação dos fatores de riscos, a legislação pode e deve ser usada como fonte para eliminação de perigos e prevenção da saúde do profissional da odontologia.

Além disso, é essencial investir na formação técnica e científica contínua do cirurgião-dentista para proporcionar a ele um ambiente e condições de desempenho seguros. É um direito de todo profissional.

Os riscos profissionais na odontologia fazem parte de um processo maior de gestão, que envolve também os pacientes. Para ir mais a fundo nos processos de gestão da sua clínica ou consultório, não deixe de ler também o e-book Gestão de pacientes: como garantir a satisfação e a fidelidade de pacientes odontológicos!

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